Cantinho da Prô

Cantinho da Prô

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Não nasci inteira, fui feita em pedaços...
De fita de laço... de beijos e abraços...
Sou parte de todos... de ti e de mim...
Sou "nós" infinitos... numa teia sem fim...
As cores que mostro nem sempre são cores...
São marcas da vida, de dores... de amores...
Sou parte de todos... de ti e de mim...
Do branco nascido... criada em carmim...
Sou o branco que chega, o negro que parte...
Sou quebra cabeças... MULHER... sou arte...
(Satine Lefevre)

domingo, 11 de outubro de 2015

Guirlanda Papai Noel em E.V.A.


Guirlanda Papai Noel em E.V.A.- moldes

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Texto Profª Giana Amaral

Sobre o fazer Pibid....

  • Profa. Giana Amaral Yamin

Dizem que todo adulto leva uma criança dentro de si. Acredito que isso procede, principalmente se levarmos em conta que existem crianças que vivem infâncias diferentes.

Percebo isso nos momentos de convivência com pibidianas. Com elas, aprendo/ensino todo tempo; são saberes diferentes que se entrelaçam, se completam e se enriquecem. 

Viver o Pibid é acreditar na educação e na docência. É aproveitar, da melhor forma, os benefícios de  uma política pública, nunca antes idealizada, para que licenciandos se constituiam profissionais. É viver as múltiplas linguagens na escola mesmo que essas não tenham permeado NOSSA educação formal. É articular teoria e prática, é planejar, refletir, é relatar e é....reescrever o relatório (até cinco versões, não professora Juliane?)....e se encantar com o resultado da produção, pois ela revela que somos capazes....






Viver o Pibid é ser voluntária (literalmente); é lutar por uma escola de qualidade para garantir os direitos das crianças mesmo que as políticas públicas "remem contra o vento". É superar as diversidades da docência em instituições sem verbas para questões básicas, é entender a jornada dos professores da rede pública, a maioria sem oportunidades para efetivação na cidade de Dourados....

Viver o Pibid é considerar as especificidades das crianças que temos dentro de nós. É, ao mesmo tempo, gerenciar o tempo da escola, da universidade e da vida para que não decepcionemos nenhum deles. Quando vivemos o Pibid, as famílias também se tornam pibidianas, pois nos apoiam de diferentes formas, não é Sandra, Cida, e todas as demais?



Viver o Pibid é viver a docência no sentido amplo da palavra. Muitos dos afazeres do professor são desconhecidos da sociedade, a qual nos idealiza ao lado da lousa e do livro didático. No Pibid aprendemos que, para além do ensinar e aprender, precisamos desempenhar tarefas, como indica a coordenadora Silvani, que jamais serão previstas em editais de concursos, 

Para ser Pibid é preciso "olhos" para analisar concepções, para recriar, para se organizar previamente, prevendo antecipações no planejamento. É argumentar (com os familiares) a importância de guardar "aquela" sucata que será fundamental para um projeto (nem sabemos quando nem como a usaremos). É aprender a ouvir o outro, a resolver problemas do grupo e a exercitar a solidariedade sem prejudicar o andamento da escola que tão bem nos acolhe.


Por tudo isso,  ser contemplado com a bolsa Pibid é relativamente  fácil, contudo, ser pibidiana é MUITO difícil. 



Somado a tudo que mencionei, ser Pibid é um esforço físico, pois exige o despertar de madrugada para chegar à escola, às sete horas, e, depois, se dirigir (sem cansaço?) assistir às aulas da faculdade.  É acolher a Júlia , é preparar, rapidamente, o almoço. É deixar as crianças na creche, buscá-las, e organizar sua espera até o término da disciplina. É possuir "habilidades malabares" para transportar material no ônibus, na bicicleta ou na motocicleta, sem que ele seja danificado...


Ser Pibid é tanta coisa...teria tanto a relatar...mas preciso fechar.... talvez, uma palavra que deva utilizar para a experiência é o comprometimento, é ele quem nos move: o comprometimento com a escola, com nossa formação e com o grupo. 


Ao fazermos Pibid não estamos sós. Temos umas às outras  e o apoio das professoras, da bibliotecária Lu, da diretora Marta, da coordenadora Marli, e de todas as professoras e funcionárias da EM Avani (NÃO bolsistas) que respeitam nosso trabalho, o trabalho que leva o nome da UEMS.  Enquanto pibidianas da Pedagogia , nos constituímos um grupo que representa a universidade e o curso.

Por tudo isso, somos todos Pibid!  Um abraço a todas da EM Avani pelo nosso dia!!!! 
Ah, essa sou eu....

terça-feira, 6 de outubro de 2015

O casamento da Chapeuzinho Vermelho

https://drive.google.com/open?id=0B8GCVPYwKggcbWFOaUZGejZyQ0k

domingo, 6 de setembro de 2015

A semana que passou foi agitada, com muito trabalho e estudo. Porém, foi muito gratificante.
Nas imagens, estou desenvolvendo a sequência didática com o tema: histórias de engano e o texto utilizado foi o dos "Sete Cabritinhos".
Exploramos a  fábula de várias maneiras, sempre voltada para a alfabetização, porém, sem perder o encanto da narrativa.







quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Material que confeccionei para trabalhar a fábula "Os sete cabritinhos".

As crianças dramatizando a fábula

A turminha curiosa só esperando o momento de brincar.

Os cabritinhos foram feitos com isopor r E,V,A
O lobo é um fantoche de caixa de leite e E.V,A

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

terça-feira, 11 de agosto de 2015




                                                            Desconheço a autoria

Metade - Oswaldo Montenegro

"Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente. Desculpa, tudo que vivi foi profundamente. Eu te ensinei quem sou e você foi me tirando os espaços entre os abraços, guarda-me apenas uma fresta. Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem. Até onde posso ir para te resgatar? Reclama de mim, como se houvesse possibilidade de me inventar de novo. Desculpa, desculpa se te olho profundamente, rente à pele, a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços. A ponto de ver a estrada onde ficam seus passos. Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos! Eu não vou renunciar a mim; nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente. Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente".

                                                                                                              Ana Carolina

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Trabalho de tecnologia (Regiane Marcon)

https://drive.google.com/file/d/0B8GCVPYwKggcQXFuNW1BR3Y4am0ycVo4bkVsQkpzdF90ZjZz/view?usp=sharing

As aventuras de um menino e sua caixa de papelão

domingo, 9 de agosto de 2015

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

http://www.slideshare.net/RoseParre/psicognese-da-lngua-escrita-segundo-maria-emilia-ferreiro

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

quarta-feira, 22 de julho de 2015



Esse é o Grupo Abayome do qual faço parte. Nesta oportunidade estávamos encenando: " O casamento da bruxa Onilda" na escola Avani Cargnelutti. Abaixo temos o painel utilizado na apresentação que é de minha autoria.

A saia almarrotada


O estar morto é uma mentira. O morto apenas não sabe parecer vivo. Quando eu morrer, quero ficar morta.
(Confissão da mulher incendiada)

Na minha vila, a única vila do mundo, as Mulheres sonhavam com vestidos novos para saírem. Para serem abraçadas pela felicidade. A mim, quando me deram a saia de rodar, eu me tranquei em casa. Mais que fechada, me apurei invisível, eternamente nocturna. Nasci para cozinha, pano e pranto. Ensinaram-me tanta vergonha em sentir prazer, que acabei sentindo prazer em ter vergonha.
Belezas eram para as mulheres de fora. Elas desencobriam as pernas para maravilhações. Eu tinha joelhos era para descansar as mãos. Por isso, perante a oferta do vestido, fiquei dentro, no meu ninho ensombrado. Estava tão habituada a não ter motivo, que me enrolei no velho sofá. Olhei a janela e esperei que, como uma doença, a noite passasse. No dia seguinte, as outras chegariam e me falariam do baile, das lembranças cheias de riso matreiro. E nem inveja sentiria. Mais que o dia seguinte, eu esperava pela vida seguinte.
Minha mãe nunca soletrou meu nome. Ela se calou no meu primeiro choro, tragada pelo silêncio.

Única menina entre a filharada, fui cuidada por meu pai e meu tio. Eles me quiseram casta e guardada. Para tratar deles, segundo a inclinação das suas idades. E assim se fez: desde nascença, o pudor adiou o amor. Quando me deram uma vaidade, eu fui ao fundo. Como o barco do Tio Jonjoão que ele construiu de madeira verde. Todos teimaram que era desapropriado o material. Um arco nos ombros, foi sua resposta. Jonjoào convocou toda a vila para assistir à largada do barco. Dessa vez, até eu desci aos caminhos. Mal se barrigou nas águas do rio, a barcaça foi engolida nas funduras.
- Maldição - propalou meu pai, gritando com as nuvens.
Mas eu sabia que não. O barco estava ainda muito cru, a madeira tinha ainda vontade de raiz. Nosso tio não tinha feito um barco para flutuar. Isso fazem todos, disse, é tudo barcos, uns iguais e os outros também. E acrescentou:
- Quando secar o rio, o meu barco ainda estará aqui.
Agora, a saia de roda era o barco na fundura das águas. Uma tristeza de nascença me separava do tempo. As outras moças, das vizinhanças, comiam para não ter fome. Eu comi a própria fome.
- Filha, venha sentar.
Não diziam “comer” que era palavra dispendiosa. Diziam “sentar”. E apontavam uma estreiteza entre cotovelos em redor da mesa. Os braços se atropelavam, disputando as magras migalhas. Em casa de pobre ser o último é ser nenhum. Assim eu não me servia. Meu coração já me tinha expulso de mim. Estava desalojada das vontades. E esperava ser a última, arriscando nada mais sobrar. Mas havia essa voz que sobrepunha minha existência:
- Deixem um pouco para a miúda.
Afinal, sempre eu tinha um socorro. Um pouco para a miúda: assim, sem necessidade de nome. Que o meu nome tinha tombado nesse poço escuro em que minha mãe se afundara. E os olhos da família, numerosos e suspensos, a contemplarem a minha mão, atravessando vagarosamente a fome. Não tendo nome, faltava só não ter corpo.
A meu tio, certa vez, ousei inquirir: quando secar o rio estarei onde? E ele me respondeu: o rio vive dentro de si, o barco é que secará.
Na minha vila, as mulheres cantavam. Eu pranteava. Apenas quando chorava me sobrevinham belezas. Só a lágrima me desnudava, só ela me enfeitava. Na lágrima flutuava a carícia desse homem que viria. Esse aprincesado me iria surpreender. E me iria amar em plena tristeza. Esse homem me daria, por fim, um nome. Para o meu apetite de nascer, tudo seria pouco, nesse momento.
As outras moças esperavam pelo domingo para florescer. Eu me guardava bordando, dobrando as costas para que meus seios não desabrochassem. Cresci assim, querendo que o meu peito mirrasse na sombra. As outras moças queriam viver muito diariamente. Eu envelhecendo, a ruga em briga com a gordura. As meninas saltavam idades e destinavam as ancas para as danças. O meu rabo nunca foi louvado por olhar de macho. Minhas nádegas enviuvavam de assento em assento, em acento circunflexo.
Chega-me ainda a voz de meu velho pai como se ele estivesse vivo. Era essa voz que fazia Deus existir. Que me ordenava que ficasse feia, desviçosa a vida inteira. Eu acreditava que nada era mais antigo que meu pai. Sempre ceguei em obediência, enxotando tentações que piripirilampejavam a minha meninice. Obedeci mesmo quando ele ordenou:
- Vá lá fora e pegue fogo nesse vestido!
Eu fui ao pátio com a prenda que meu tio secretamente me havia oferecido. Não cumpri. Guiaram--me os mandos do diabo e, numa cova, ocultei esse enfeitiçado enfeite.
Lancei, sim, fogo sobre mim mesma. Meus irmãos acorreram, já eu dançava entre labaredas, acarinhada pelas quenturas do enfim. E não eram chamas. Eram as mãos escaldantes do homem que veio tarde, tão tarde que as luzes do baile já haviam esmorecido.
É essa voz que ainda paira, ordenando a minha vez de existir. Ou de comer. E escuto a sua ordem para que a vida me ceda a vez. E pergunto: posso agora, meu pai, agora que eu já tenho mais ruga que pregas tem esse vestido, posso agora me embelezar de vaidades? Fico à espera de sua autorização, enquanto vou ao pátio desenterrar o vestido do baile que não houve. E visto-me com ele, me resplandeço ante o espelho, rodopio para enfunar a roupa. Uma diáfana música me embala pelos corredores da casa.
Agora, estou sentada, olhando a saia rodada, a saia amarfanhosa, almarrotada. E parece que me sento sobre a minha própria vida.
O calor faz parar o mundo. E me faz encalhar no eterno sofá da sala enquanto a minha mão vai alisando o vestido em vagarosa despedida. Em gesto arrastado como se o meu braço atravessasse outra vez a mesa da família. E me solto do vestido. Atravesso o quintal em direcção à fogueira. Algum homem me visse, a lágrima tombando com o vestido sobre as chamas: meu coração, depois de tudo, ainda teimava?


Mia Couto, O Fio das Missangas

terça-feira, 21 de julho de 2015

sábado, 11 de julho de 2015

Não sei...

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

Cora Coralina

sábado, 13 de junho de 2015

melhores

Playlist

minha preferida

Playlist