e vou caminhando em cima da vida,
fugindo do ontem, correndo do agora,
e vendo, bem longe a nossa partida.
A santa mensagem perdida na estrada
ainda recoa na praça vazia.
A paz dolorida, também, desejada,
se busca nas noites, à espera dos dias.
O longo dilema, o sonho disfeito,
projeta poemas das sombras do eterno.
A rima quebrada, o verso perfeito,
procuram o céu nas portas do inferno.
A noite cansada dorme no espaço
e vaga perdida na sua agonia.
E nós, na canção, em doce compasso,
queremos a luz na aurora do dia.
Paulo Pressotto
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