Cantinho da Prô

Cantinho da Prô

domingo, 20 de setembro de 2009

Chuva



Chuva que cai em tarde ensolarada
Noite que desce estrelada
Poesias que não rimam com nada
E carinho pela pessoa amada.

Leio o que eu não posso ver
Sinto o que eu não posso ter
Tenho fé onde eu não posso querer
Amo por apenas crer.

Tenho emoção exaltada
Ás vezes não penso em nada
Não consigo nem entender
Essa imensa estrada.

O mundo ainda irá existir
Enquanto dessa terra eu não partir
Pois meu coração pulsa e arde
Pela mulher que da minha vida faz parte.

E o badalar do sino
Me lembra de quando eu era menino
Que para ser feliz
Basta ter amor e carinho


Oswaldo Grimaldi

Enterro no tempo,as angústias das horas

Enterro no tempo a angústia das horas
e vou caminhando em cima da vida,
fugindo do ontem, correndo do agora,
e vendo, bem longe a nossa partida.


A santa mensagem perdida na estrada
ainda recoa na praça vazia.
A paz dolorida, também, desejada,
se busca nas noites, à espera dos dias.


O longo dilema, o sonho disfeito,
projeta poemas das sombras do eterno.
A rima quebrada, o verso perfeito,
procuram o céu nas portas do inferno.


A noite cansada dorme no espaço
e vaga perdida na sua agonia.
E nós, na canção, em doce compasso,
queremos a luz na aurora do dia.


Paulo Pressotto